A ascensão da extrema-direita
A ascensão da extrema-direita nos vários países europeus, deve-se a vários fatores, económicos, políticos, sociais, entre outros. O descontentamento das populações, leva a que os eleitores procurem respostas aos seus problemas em partidos populistas, na grande maioria conservadores. Fazendo com que em tempos de crise alguns destes partidos prometam às populações soluções rápidas para as suas preocupações, prometendo também a soberania e a proteção do exterior.
"Muitos eleitores estão bastante desiludidos com os partidos políticos convencionais. E parece que estamos a atravessar uma nova crise globalizada. Tivemos a crise financeira, as consequências económicas da pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise do custo de vida" - Cathrine Thorleifsson, professora de Antrologia Social, na Universidade de Oslo.
European Parliament votes to trigger Article 7 sanctions procedure against Viktor Orbán’s Hungary. - Oliver Schopf
Conseguimos observar ao longo dos últimos anos, não só estes partidos a emergir, como também a chegar efetivamente ao poder, como exemplo: a Finlândia, Itália e a Suécia, e em situações semelhantes, os governos de direita da Polónia e da Hungria, que assumiram já anteriormente posturas autoritárias e nacionalistas.
O receio da ascensão da extrema-direita no Parlamento Europeu
No dia 9 de junho, realizam-se as eleições para o Parlamento Europeu, os resultados esperados são favorecedores para os partidos de extrema-direita, segundo o estudo do European Council on Foreign Relations. Este prevê uma grande subida dos partidos de extrema-direita, como consequência do que está a ocorrer nos países europeus como vimos anteriormente, também a nível da UE isto acontece.
Pela primeira vez desde que há parlamento europeu está previsto que a extrema-direita consiga fazer maioria com a direita, levando ao comprometimento de algumas decisões da UE, visto que, falamos de uma maioria de direita, dando ênfase ao aumento de lugares ocupados pelos conservadores (extrema-direita).
Os autores do estudo ECFR, Simon e Kevin, consideram que esta viragem à direita, deve servir para alertar os decisores políticos, dada a possibilidade de ameaça aos principais compromissos da União Europeia, como o apoio à Ucrânia, o Acordo Verde, a imigração, e põe também em risco a próxima fase do Pacto Ecológico Europeu.
Por consequência tudo isto aponta para que os partidos moderados europeus percam inúmeros lugares para a extrema-direita no Parlamento europeu, e poderá ser ainda mais perigoso para os partidos de centro-esquerda e ecologista. Os maiores de defensores de politicas em matéria de clima e imigração. Pondo em risco um dos direitos fundamentais da União Europeia, a Democracia, comum a todos os estados-membros.
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